Elvis Presley, um garoto de infância pobre que sonhava com uma carreira artística, alcança a fama, torna-se o maior cantor em número de álbuns vendidos, e morre em decorrência do vício em drogas. Esse é o resumo mais conhecido da vida do chamado “Rei do Rock”.
Porém, Elvis cresceu frequentando uma igreja protestante, levado por sua mãe aos cultos dominicais, e segundo Peter Ramsay, que escreveu uma biografia do cantor, amava a música gospel. “Elvis começou a cantar hinos quando era criança e frequentava a igreja com sua mãe aos domingos. As pessoas que conviveram de perto com Elvis dizem que ele não apenas gravou hinos, ele realmente amava a música gospel. Depois de alguns shows, tarde da noite, Elvis e alguns amigos gostavam de cantar clássicos da música cristã”, escreveu Ramsay.
Muito mais que isso, em sua carreira, Elvis foi indicado ao Grammy (maior prêmio da música norte-americana até hoje) catorze vezes, porém só venceu em três ocasiões, todas com músicas cristãs: em 1967, com o Álbum “How great thou art” (Quão grande és Tu); 1972, com o álbum “He touched me” (Tocou-me); e em 1974, com a versão ao vivo da canção “How great thou art”, gravada em Memphis.
“Elvis Presley gravou mais de 80 faixas de música gospel durante sua carreira. Há muitas histórias sobre o respeito que Elvis tinha por Cristo. Uma noite, em um de seus primeiros grandes shows, fãs abriram na plateia uma enorme faixa que dizia: ‘Elvis é o nosso Rei!’. Elvis parou no meio de sua música e disse claramente ao microfone: ‘Existe apenas um rei e é Jesus Cristo’”, conta o escritor Ramsay.
Esse lado da carreira de Elvis, atualmente é alvo de pesquisas de quatro produtoras diferentes, que pretendem produzir filmes sobre a carreira do “Rei do Rock”. Porém, segundo o Gospel Prime, a abordagem de cada uma dessas produções, devem ser diferentes entre si.
O estúdio Fox vem planejando o que chamou de “filme biográfico tradicional” para o projeto intitulado “Last train to Memphis” (em tradução livre, Última partida para Memphis).
Outro projeto é o Fame & Fortune (Fama e Fortuna), uma adaptação do livro homônimo, escrito pelo ex-guarda-costas de Elvis.
Uma terceira produção, intitulada Elvis e Nixon, relata um encontro entre o ex-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, e o artista.
A quarta é uma produção que pretende abordar a história de fé de Elvis, chama-se “The Identical” (O idêntico).
A burocracia em torno dos direitos legais sobre a imagem de Elvis Presley é um ponto que complica todas essas produções, pois existe uma batalha judicial entre a empresa que possui os direitos e os herdeiros do artista que vendeu mais de um bilhão de cópias.
Existe ainda um outro projeto, tocado por Yochanam Marcellino, que é presidente de uma produtora chamada City of Peace. Segundo Marcellino, o diferencial desse projeto é que o roteiro é adaptado de uma peça de teatro, e aborda o interesse de Elvis pela música gospel e as origens religiosas de sua família. Marcellino afirma que o projeto será estrelado por um ator que já fez imitações do cantor, e que atualmente o projeto está na fase de negociação dos direitos das músicas gospel que Elvis gravou.
“In the shadow of kings” (Nas sombras dos reis), é uma autobiografia de Donnie Sumner, um artista que durante anos, acompanhou Elvis com o Quarteto Stamps em seus shows. Ele relata que teve oportunidades de falar com o cantor sobre espiritualidade:
“Lembro-me de uma noite, quando Elvis fez sinal para eu segui-lo. Depois de deixar minha namorada e todos os outros caras da sala, nós fomos para o seu quarto. Ele sentou na cama de costas para a cabeceira e eu fiquei deitado com a cabeça apoiada em meu braço dobrado e perguntei: O que você precisa chefe? Sua resposta será sempre em minha memória uma porta que me foi aberta, mas eu não soube aproveitar. Eu nunca dizia a ninguém naqueles dias que eu era um crente e a pergunta de Elvis me pegou totalmente de surpresa. Não sei se consigo lembrar de todos os detalhes corretamente, mas posso dizer-lhe o que me lembro. ‘O que significa ser salvo?’, perguntou-me Elvis. Fiquei espantado que ele pudesse fazer essa pergunta a mim e respondi: ‘O que é isso, chefe, porque você está me fazendo esse tipo de pergunta? Pareço um pregador?’. ‘Falo sério’, insistiu ele, ‘Eu estava assistindo TV e eles estavam falando sobre isso. Quando falaram salvo… Bem, eu sei que seu pai foi pastor e percebi que se alguém aqui saberia, seria você’. Percebendo, que ele estava realmente tentando entender o que significava ‘ser salvo’, fiz uma breve tentativa de tentar explicar do modo como aprendi quando ainda era criança. Eu disse a Elvis: ‘Bem, do jeito que eu entendo, se você acreditar que Jesus veio realmente como dizem, e que Ele morreu pelos pecados como dizem além das outras coisas que dizem, como Ele ressuscitou dos mortos, voltou para o céu e virá de novo algum dia… Se você realmente acreditar em tudo isso… então você está salvo. Ser salvo é apenas uma maneira de dizer que nasceu de novo’. Então, depois de pensar, disse em tom de brincadeira. ‘Entendeu, meu filho’? Elvis perguntou: ‘Bem, o que acontece então?’. Eu estava realmente começando a entrar nisto e lhe respondi: ‘Bem, se você aceitar pela fé que tudo isso é verdade e pedir ao Espírito de Jesus que assuma o controle de sua vida, Ele vai ajudá-lo tomar as decisões certas e ser uma pessoa melhor’. Também disse a ele: ‘Eu ouvi meu pai dizer, muitas vezes: Se Jesus não estivesse andando comigo, acho que não conseguiria’. Então conclui minha mensagem ‘caipira’ com o comentário: Mas a melhor parte é, quando você morrer, irá para o céu e não para o inferno!’. O breve comentário de Elvis foi ‘Legal!’, e acrescentou: ‘Às vezes a vida é um inferno! Talvez eu já esteja lá!’”, relata Sumner.
Fonte: Gospel+
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