Soldado conhecido como “o demônio” diz que não se arrepende de ter matado 255 pessoas


Um jovem cristão que se define como “um cowboy do Texas” se alistou na Marinha e logo passou a fazer parte da equipe de elite Seals. Em pouco tempo tornou-se o atirador mais mortal da história americana. Essa é a história que Chris Kyle conta em sua biografia,  American Sniper [Atirador de elite americano].
Seu relato foi para as livraria este mês e gerou uma discussão sobre como funciona a mente de um soldado que se orgulha em matar.
Quando as forças americanas foram para o Iraque em 2003, Chris Kyle recebeu um rifle de sniper e pediram que ajudasse um batalhão de fuzileiros a entrar em uma cidade iraquiana.
Uma multidão veio até os soldados. Através da mira telescópica, ele viu uma mulher com uma criança no colo, aproximando-se da tropa. Ela tinha em sua mão uma granada pronta para ser detonada.
“Esta foi a primeira vez que precisava matar alguém. Eu não sabia se seria capaz de fazê-lo, fosse homem ou mulher”, lembra Chris.
“Tudo passou correndo pela minha mente. Era uma mulher, em primeiro lugar. Em segundo lugar, pensei “isso é certo”, é justificável?” Antes de chegar a uma conclusão ele pensou também. “Ela já tomou a decisão por mim. Ou meus compatriotas americanos morrem ou eu a derrubo”. Então ele puxou o gatilho.
Kyle permaneceu no Iraque até 2009. Segundo dados oficiais do Pentágono, matou 160 pessoas. Sua própria contabilidade indica um número muito maior: 255 mortes.  Ele entrou para a história do exército americano como seu “maior franco-atirador”.
Durante seu tempo no Iraque, ele foi batizado de “O demônio” pelas forças inimigas, que chegaram a oferecer uma recompensa de US$ 20.000 por sua cabeça.
Hoje, casado e com dois filhos, ele já se aposentou do exército. Em seu livro recém-publicado  ele afirma não ter arrependimentos.
“É um sentimento estranho”, admite. “Ver o corpo de um morto … sabendo que foi você que causou isso”. Mas o comentário seguinte surpreende. “Cada uma das pessoas que eu matei… Acredito realmente que elas eram más… Quando estiver diante de Deus terei de dar conta de um monte de coisas, mas não por ter matado qualquer uma dessas pessoas… eram selvagens”.
Um estudo sobre snipers feito em Israel demonstra que a religião influencia na maneira como um franco-atirador vê seus inimigos.
“Matar alguém que está muito distante, mas continua sendo uma pessoa”, diz a antropóloga Neta Bar. ”Eu diria que é algo íntimo.”
Ela estudou as atitudes de 30 atiradores israelenses que lutaram nos territórios palestinos entre 2000 e 2003. Uma de suas conclusões é que, enquanto muitos soldados israelenses chamavam os militantes palestinos de “terroristas”, snipers geralmente se referiam a eles como seres humanos.
“A palavra hebraica para o ser humano significa ´filho de Adão´. Esta foi  a palavra que usaram muito mais do que qualquer outro termo quando falavam sobre as pessoas que mataram”, explica.
“Ali está alguém cujos amigos amavam e tenho certeza que era uma pessoa boa, porque fazia isso por ideologia”, disse um franco-atirador que assistiu através das lentes do rifle uma família chorando sobre o corpo de um homem que ele tinha acabado de matar. ”Mas da nossa parte estamos impedido a matança de inocentes, por isso não nos arrependemos”, concluiu ele.
Na maioria das forças militares, atiradores de elite são sujeitos a rigorosos testes e treinamento, sendo escolhidos pela aptidão.  Mas os estudos de Neta Bar apontam que muitos deles só apresentam problemas anos depois da guerra, após retornarem ao convívio social normal.
Para franco-atiradores da polícia, que trabalham no meio da sociedade e não em uma zona de guerra, as dúvidas, ou mesmo o trauma, podem surgir muito mais cedo.
Brian Sain, um policial e franco-atirador no Texas, diz que muitos policiais e atiradores de elite do exército têm conflitos interiores por terem matado de forma “tão íntima”.
“Não é algo que você pode compartilhar com a sua esposa. Não é algo que você pode dizer ao seu pastor”, diz Sain, um membro do Spotter, uma associação americana que apoia snipers traumatizados.
Fonte: gospel prime Traduzido e adaptado de BBC

Bíblias serão contrabandeadas em cartões de memória


Países como Coreia do Norte, China e Arábia Saudita não permitem a posse de materiais religiosos cristãos. Quem violar esta lei pode ir para a prisão e mesmo ser executado. Durante décadas heroicos contrabandistas de Bíblias atravessaram colocando as Escrituras nos mais diversos locais em carros, fundos falsos de malas, jogadas no mar em sacos impermeáveis e até amarradas no próprio corpo. O sonho desses mensageiros sempre foi que os volumes fossem menores, de preferência pequenos como uma unha.
Graças à tecnologia moderna este sonho missionário é agora uma realidade. A Bible League International, um ministério sem fins lucrativos, dedicado a ajudar os líderes da igreja perseguida, decidiu inovar e otimizar o contrabando de Bíblias e material cristão.
“É como uma mini biblioteca cristã”, disse Robert Frank, CEO do ministério que se firmou logo após a Segunda Guerra Mundial, quando o general Douglas MacArthur pediu que grupos cristãos enviassem Bíblias para o Japão.
Em 2011, a Bible League se uniu ao Centro Mundial de Tradução da Bíblia para obter os recursos necessários e traduzir a Bíblia para as todas as línguas dos povos do planeta.
O chip que será utilizado pelo ministério para contrabandear Bíblias e outros livros cristãos é um cartão de memória, do tipo microSD, bastante comum em celulares.
Uma vez que a capacidade máxima dos cartões é de 32 GB de dados, a Bible League comprime os dados buscando o armazenamento máximo. Assim, os cristãos que vivem nos países perseguidos podem inserir estes cartões em seus smartphones ou computadores e copiar o material sem deixar rastros. Caso fizessem pela internet poderiam ser rastreados.
As editoras de vários livros e Bíblia de Estudo decidiram contribuir com a iniciativa e doaram a versão eletrônica de várias obras para serem incluídas na “mini biblioteca”. Algumas dessas obras já foram traduzidas para línguas como árabe, persa, mandarim e outras, o que facilita o acesso dos cristãos que vivem em países perseguidos.
“O conteúdo foi todo doado”, disse Synetta Armstrong, diretor de comunicações globais para a Bible League. ”Queremos espalhar a palavra de Deus”.
Além de Bíblias, os cartões microSD armazenam outros tipos de conteúdo, como músicas de louvor em MP3, filmes cristãos além de uma biblioteca teológica, com comentários bíblicos e livros sobre vida cristã. São seis Bíblias comentadas, cerca de 600 horas de vídeos e 800 horas de áudio.
Para a equipe da empesa de software que criou o sistema de armazenamento, o esforço para superar os obstáculos e fronteiras fechadas vale a pena. “Deus está usando as tecnologias digitais para divulgar o Evangelho em outras nações de forma rápida e acessível. O mundo está sendo transformado pela tecnologia móvel e queremos colocar a Bíblia nos telefones e computadores do maior número de pessoas possível”, disse o programador responsável pelo software dos cartões.
Fonte: gospel prime Traduzido e adaptado de Chron e Christian Post

Segundo capítulo da minissérie Rei Davi lidera audiência do horário


Foi transmitida nesta quinta-feira, 26,  o segundo capítulo da minissérie Rei Davi pela Rede Record, assim como o primeiro capítulo o novo episódio também foi sucesso em audiência alcançando picos de 15 pontos no Ibope, sendo que cada ponto representa 58 mil domicílios da Grande São Paulo ligados na emissora. No Rio de Janeiro a trama escrita por Vivian de Oliveira também fez sucesso,  registrando 17 pontos de média e pico de 21 pontos.
No primeiro capítulo a minissérie foi sucesso nas duas regiões, tendo média de 12 pontos em São Paulo e ficando por 46 minutos na liderança do horário no Rio de Janeiro. A trama é uma grande aposta da emissora ligada àIgreja Universal do Reino de Deus que já investiu R$25 milhões na produção de 29 episódios, gravados em cinco cidades cenográficas.
A equipe de atores participaram de diversos workshops para aprenderem sobre os costumes da época e assim poderem interpretar com maior veracidade. A história bíblica foi adaptada para a telinha tendo os casos de romance e intriga mais  destacados para atrair o público. Durante todos os capítulos serão contados a história do Rei Davi, desde quando ele era apenas um pastor de ovelhas até quando ele se torna o rei de Israel e envelhece.
Mas não foi apenas na TV que a minissérie com tema bíblico fez sucesso, nas redes sociais Rei Davi também foi um sucesso, sendo um dos assuntos mais comentados no Twitter, ficando no topo do Trending Topics nacional.
Em outras redes sociais os telespectadores também comentavam sobre a qualidade da trama e da superprodução organizada pela Record. Entre as cenas que ganharam destaque entre o público foi quando o profeta Samuel revela que Davi é o escolhido de Deus para ser o próximo rei do povo hebreu.Assista ao segundo capítulo da minissérie Rei Davi aqui.
fonte:gospel prime Com informações Arca Universal

Primeiro “templo ateu” será construído na Inglaterra


Ateus criticam muitos dos hábitos dos devotos seguidores de alguma fé. Mas agora parece que o ateísmo está querendo utilizar um elemento tipicamente religioso: erigir um templo de adoração.
O escritot Alain de Botton anunciou seus planos de construir o primeiro “templo ateu” do Reino Unido e, possivelmente, do mundo. Com a colaboração do arquiteto Tom Greenall , a obra será construída em Londres .
Dedicados à ideia de perspectiva, a torre negra terá cerca de 46 metros de altura, uma medida que remete à “verdadeira idade” da Terra: 4,6 bilhões ano. Ou seja, cada centímetro equivale  1.000 mil anos. Na base da torre haverá uma pequena lâmina de ouro de um milímetro de espessura, simbolizando o tempo de vida da humanidade na Terra.
Mas um lugar de culto não é o único elemento da religião organizada que ateus podem se beneficiar, diz de Botton. Ele entende que ateus como Richard Dawkins nunca irão convencer as pessoas que o ateísmo é uma forma atraente de olhar a vida. Em seu livro mais recente “Religião Para ateus”, o autor aponta que o design, a arte e a ideia de comunidade poderão inspirar e atrair seguidores de uma “vida sem Deus”.
Ainda não foi anunciada uma data final para a abertura do templo, mas ele espera edificar outros templos parecidos em todo o Reino Unido. Também não foi revelado quem arcará com os custos da obra.
“Por que as pessoas religiosas têm alguns dos mais belos edifícios na terra?”, pergunta Alain de Botton. “Chegou a hora dos ateus terem suas próprias versões das grandes igrejas e catedrais”.
Esse conceito já era defendido por ele no livro e agora deve se tornar realidade. “As religiões sempre souberam que um belo edifício é uma parte indispensável para firmarem a sua mensagem. Apenas os nossos livros não conseguirão fazer isso”.
Ele diz ainda que não precisa lembrar de um deus ou deuses em um local desse tipo. “Você pode construir um templo para tudo o que é positivo e bom. Isso poderia significar: um templo para o amor, a amizade ou o respeito”.
Fonte: gospel prime Traduzido e adaptado de Huffington Post e Dezeen

Em entrevista para o site Gospel Prime, Lanna Holder fala sobre homossexualidade, Bíblia e a Cidade de Refúgio


Em 2011 muitos se surpreenderam com a informação de que a missionária Lanna Holder, famosa por pregar em diversas igrejas do Brasil sobre sua libertação do homossexualismo, estaria abrindo uma igreja inclusiva na cidade de São Paulo.
Com o nome de Cidade Refúgio o ministério é liderado por Lanna Holder e sua atual companheira, Rosania Rocha, uma cantora evangélica com que a missionária começou a se relacionar escolhendo se divorciar de seu ex-esposo e assumir publicamente essa relação.
O ministério não recebe a compreensão de boa parte dos evangélicos, mas em entrevista à Juliana Brito, repórter do Gospel Prime, as pastoras da Cidade Refúgio dizem que não se incomodam com as críticas, pois apenas quem vive essa situação sabe que a “opção sexual não pode ser mudada”.
Lanna e Rosania atenderam prontamente nossa repórter e explicaram o que pensam sobre os versículos bíblicos que condenam a prática e afirmam: “A gente entende na realidade, que se a gente for guardar um mandamento da lei, a gente tem que guardar toda ela”, disse a pastora que explica que seu ministério não é uma igreja gay, mas um ministério inclusivo que aceita todas as pessoas.
Sobre fazer um ministério apenas para dar respaldo para a opção sexual delas, Lanna Holder diz que não, que relutou muito para abrir uma igreja que se não fosse a vontade de Deus elas não teriam levado esse projeto adiante. “A igreja inclusiva não é um respaldo para eu viver a minha homossexualidade, até por que eu deixei bem claro para os cristãos os evangélicos do mundo inteiro, que eu não preciso da igreja pra viver o que eu quero viver”, disse ela.
Leia:
Gospel Prime – Lanna, no âmbito pentecostal sua carreira foi singular, sendo a primeira mulher a pregar no Gideões, como você sente em relação a isso?
Lanna Holder - Uma boa pergunta. Bem… Na realidade, esse disparate de visão, saindo de uma visão completamente fundamentalista e indo pra uma visão totalmente inclusiva, na realidade faz menção ao verdadeiro chamando no qual eu me encontro na atualidade.
É aquela sensação de que agora eu tenho consciência daquilo que eu estou pregando; aquilo que eu vi acontecendo na minha vida durante muito tempo, no sentido de ter lutado tantos anos contra a minha orientação sexual e até mesmo ter pregado contra isso alegando aquilo que eu aprendi, que a homossexualidade era um influencia demoníaca; e com o passar do tempo o passar dos anos, aquilo que eu pregava começou a ser questionável pra mim mesmo.
Se era uma influência demoníaca, porque eu continuava sentindo os mesmos desejos? Percebendo que a minha natureza e a minha orientação sexual continuavam sendo as mesmas, embora eu tenha vivido uma abstinência, pelo fato de estar casada na época; e hoje estando com esse chamado, com esse novo ministério inclusivo, é literalmente dar ouvidos a voz do Senhor para a colheita da última hora. É assim que a gente se sente, atuando na vida daqueles que foram excluídos durante tanto tempo, e não imaginavam que teriam esse lugar no meio gospel no meio evangélico. Então é assim que eu me sinto na atualidade.
GP – Na opinião de vocês as igrejas deveriam abordar de forma mais direta a questão da homossexualidade? Como as igrejas estão tratando esse assunto?
Rosania - Na minha opinião sim, apesar de eu achar meio complicado por causa da visão que eles -igrejas tradicionais- têm a respeito. É uma coisa que você tem que estar vivendo na sua pele, pra você conseguir administrar na vida de outra pessoa. Eu pelo menos até entendo, não entendo completamente o jeito de agir, mas a postura deles com relação a isso.
Um pastor em certa vez me falou: “Eu realmente não sei como agir, com essas pessoas”, então eles até querem, mas não sabem como agir. Então eu acho que, ao mesmo tempo em que eles deveriam incluir mais, acredito ser meio complicado para eles fazerem isso, por não entenderem, não sentirem realmente na pele, a situação de cada uma daquelas pessoas.
Lanna - Eu veria pelo seguinte lado, se esse lidar, se esse abrir, fosse no sentido de compreender que na maioria dos casos, não generalizando, mas que na maioria dos casos a orientação sexual não pode ser mudada; é a mesma coisa de você impor a um heterossexual que se ele torne homossexual, ele não vai conseguir, a mesma coisa é você impor a um homossexual que ele se torne heterossexual se a orientação sexual dele é homoafetiva.
Rosania - Mesmo porque se fosse uma escolha né? Ninguém escolheria ser homossexual…
Lanna - Até porque ninguém quer ser alvo de criticas, de preconceito de exclusão, e infelizmente é o que mais acontece em nosso meio. Maioria das pessoas que são homossexuais, que conheceram o evangelho que nasceram no evangelho, procurou outra religião por não serem aceitos dentro da igreja…
Rosania - Exatamente, muitos buscaram o espiritismo ou outras religiões…
GP – Em varias passagem – Lv. 18.22, I Co. 9-19 e Rm. 1.26-27 – a bíblia condena o ato homossexual. Sendo conhecedoras da Bíblia, como vocês se posicionam diante desses versículos?
Lanna - Olha a gente entende da seguinte forma: a Bíblia tem duas formas de ser interpretada, ou na visão fundamentalista, ou na visão inclusiva. Isso em ambos os critérios e questões; por exemplo, existem aqueles que acreditam que a igreja não vai passar pela grande tribulação, que a igreja vai ser arrebatada antes e eles tem como provar biblicamente.
Existem aqueles que acreditam que a igreja vai ser arrebatada durante a grande tribulação, e eles também tem como provar a sua interpretação, e existem aqueles que acreditam q a igreja vai passar pela grande tribulação e eles tem como provar os seus argumentos. Da mesma forma antes não se aceitavam lideres divorciados e eu não sei qual é a raiz teológica que já se aceitam lideres religiosos que já estão no segundo terceiro casamento, e nem por causa disso a Bíblia mudou, a Bíblia é a mesma; a visão bíblica que é alterada com o passar dos séculos.
No mesmo capitulo de Levítico que fala que é proibido um homem se deitar com outro homem – poucas pessoas sabem que a homossexualidade feminina não é falada no antigo testamento, só no novo testamento, no antigo testamento só se fala da homossexualidade masculina – então quando Levítico fala sobre a homossexualidade masculina, no mesmo contexto também fala que era abominável comer carne de porco, no mesmo contexto fala que era pecado um homem se deitar com uma mulher no seu período menstrual, no mesmo contexto diz que era abominável uma pessoa vestir uma roupa com tecido misturado; então são coisa que hoje em dia pra gente é normal, e só a questão da homossexualidade continua sendo um tabu, porquê? Porque tudo aquilo que a Bíblia fala naquele contexto, fala de tudo que era contra a cultura judaica.
O que a gente entende na realidade, que se a gente for guardar um mandamento da lei, a gente tem que guardar toda ela. Até como Paulo diz: “Não adianta você guardar toda a lei e falhar num mandamento, se não você vai ser condenado por toda ela”. Então se a resposta dos fundamentalistas esta em Levítico, então eles tem que guardar toda a lei.
Nós entendemos literalmente o que é pecado a luz da Bíblia, de forma alguma deixamos de dizer que é pecado aquilo que é pecado.
GP – Se alguém chegasse a vocês buscando uma libertação da homossexualidade, o que vocês diriam? É possível ser liberto dessa pratica/orientação?
Rosania - Quando as pessoas nos procuram, a gente é bem direto em falar que o relacionamento dele com Deus vêm em primeiro lugar, independente se ele é heterossexual se ele é gay, não importa o que ele venha a ser. Aqui na igreja, por exemplo, nós focalizamos isso, o teu relacionamento a tua santidade ao Senhor.
Porque muitos deles estão sem Deus, e totalmente sem orar sem ler a Bíblia, assim jogados mesmo literalmente à vida de luxurias; então o primeiro passo que a gente sempre fala é se apegar a Deus, ver o que Deus tem pra você. Por que muito nasceram para serem eunucos, tanto o gay como o heterossexual ele faz a escolha dele, se ele quer ficar sozinho o resto da vida ou se ele quer ficar com alguém é escolha dele.
Lanna - A gente não impõe a homossexualidade às pessoas quem vem à cidade do refugio.
Rosania - Inclusive nós temos pessoas dentro da igreja que decidiram por uma abstinência sexual, ele gosta de um homem ou de uma mulher, do mesmo sexo, mas ele decidiu somente por servir ao Senhor.
GP – Então a igreja Comunidade Cidade do Refugio, não para homossexual, é para todos, independente da orientação sexual?
Rosania - Exatamente… É o que a gente quer mostrar para as pessoas… Batem conosco de frente, por que a gente não veio falando da bandeira gay…
Lanna - É não somos uma igreja de militância gay, não, nós somos a igreja do Senhor Jesus.
Rosania - É se você lá dentro da igreja, você vai ver que temos as bandeira de São Paulo, do Brasil de Israel e a nossa bandeira da Cidade de Refugio, mas não temos uma bandeira toda colorida, não fazemos uma acepção de pessoas. Temos famílias de heterossexuais na igreja, com filhos, eles vem e sentem a presença de Deus, e interagem com a gente normalmente como seres humanos entende?!
Lanna - A nossa Bíblia é a mesma Bíblia, nós pregamos a mesma santidade, a mesma separação, a mesma regeneração a mesma transformação; nós literalmente ensinamos a pessoa viver a sua orientação sexual em paz, sem aquela coisa de todo dia acordar e dizer eu sou gay, por que quem é heterossexual não acorda e diz eu sou heterossexual, não, ele acorda e vai viver sua vida em paz.
GP – Então a promiscuidade gay, esta diretamente ligada ao preconceito das pessoas?
Lanna - Com certeza! Os homossexuais eles sempre viveram a vida deles nos guetos, por que eles não eram aceitos. Agora uma coisa que não se fala a nível de mídia, é que a promiscuidade entre os heterossexuais é maior que entre os homossexuais; isso são dados que não são divulgados, por que as pessoas que atacam os homossexuais não tem a intenção de promover a verdade, eles se baseiam em mentias pra dissolverem a imagem dos homossexuais, e terminam generalizando um grupo de pessoas; quando na verdade o homossexual ele trabalha ele dorme, paga imposto, vota, tem pais tem mães aqui na igreja que são homossexuais que assim com nós, tem os seus filhos…
São pessoas como outras quaisquer, mas com uma orientação sexual diferente. E a maioria delas com um detalhe, se pudessem escolher, talvez escolheriam ser diferentes pra não sofrer todas essas afrontas, esses confrontos de palavras, esses xingamentos, essas agressões físicas, como a gente tem visto muito por ai.
GP – Com vocês se posicionam, diante das declarações do Pastor Silas Malafaia?
Rosania - Eu particularmente, não vejo nada que eles falam na internet, eu aderi aquele mandamento de só ver coisas boas, por que eu estou fazendo uma grande obra e não vou descer daqui pra poder ficar olhando essas coisas.
Eu estou muito feliz com que estou vendo Deus fazer, nada que ele ou qualquer outra pessoa venha dizer, vai mudar o meu pensamento, por que eu tenho experiência com Deus nisso que eu estou te dizendo. Agora eu não vejo nada, não sei de nada…
Lanna - Olha, eu já diria o seguinte, até o tolo quando se cala se faz sábio. E infelizmente existem circunstancias que pessoas usam palavras que demonstram muito conhecimento, mas pouca sabedoria; e qualquer conhecimento baseado em questões que não são verídicas, pra mim são conhecimentos sem relevância.
GP – A PLC 122 – esta sendo encarada como uma mordaça para os cristãos, e todos aqueles que são contra á pratica homossexual. Vocês são contra ou a favor desse projeto de lei?
Lanna - A gente acredita da seguinte maneira, assim como nós somos igualados aos imorais aos devassos, aos pedófilos… Até os pedófilos tem leis os seu favor, até as prostitutas tem leis que lhes favorecem – essas leis que lhes favorecem são direitos- então eu acredito que todas as pessoas na sociedade, elas tem direitos, e infelizmente a gente é uma nação que embora nós declaremos um país livre, mais homossexuais são assassinados nos Brasil, do que nos países árabes onde a homossexualidade é punida condena de morte.
E o que é fato é que precisamos um projeto de lei que defenda e que proteja os direitos dos homossexuais; existem algumas clausuras, na PLC 122, que nós acreditamos que elas podem ser revistas, mas não descartamos a necessidade de uma lei que defenda os homossexuais.
Rosania - Existem países, nos EUA, por exemplo, que é inadmissível um homossexual ser olhado diferente, ele pode dar queixa; muito menos atacado ou morto na rua, isso é um absurdo! Isso é um direito humano! Então quando esses pastores se levantam pra falar contra a lei, eles tem que ver como estamos dizendo aqui, tudo tem que ser revisado, não tem que generalizar um fato e lutar contra a lei por que é de ser humano que nós estamos falando.
GP – Rosania como você se sente quando as igrejas tradicionais deixam de louvar a Deus com as músicas que você gravou, por causa da sua orientação sexual?
Rosania - Eu sinto que eles estão perdendo com isso, por que cada música que eu gravei tem uma historia com Deus, e antigamente eu não era uma pessoa bem vista, louvando ao Senhor? Por que eu não posso servir a Deus como uma adoração sincera? Entendeu?!
Então eu acho que eles estão perdendo, porque cada uma dessas músicas, inclusive a Lutando e Vencendo foram músicas feitas em oração em joelho foi o próprio Deus que nós deu aquela canção, que é uma parceria que eu tenho com o Elizeu Gomes. Então eu acho que… O que eu posso dizer? Eles perdem, e enquanto eles deixam de cantar, muitas outras pessoas estão começando a cantar.
Enquanto eles tiram, algumas pessoas nem todas, as minhas musicas eles estão cantando musicas de quem eles nem conhecem… Eu já tive o privilegio de conviver com vários cantores, não estou desfazendo de nenhum, mas assim, que sabe eles estão cantando hinos de pessoas ali que não são tão verdadeiros, como eu que tive coragem de botar a minha cara pra bater, pra poder estar diante dos homens em espírito e em verdade mesmo, e não vivendo uma falsidade.
Então quer dizer, é a gente que faz o nosso louvor, e não a música ou de quem é a musica que você esta cantando. Eles podem estar cantando músicas de uma pessoa que esta vivendo uma mentira, só não se revelou, mas Deus esta recebendo o louvor não esta? Por que o teu coração esta diante dEle, não importa a musica que você esta cantando.
GP – A pessoa já nasce homossexual?
Rosania - Na minha concepção sim. Quando eu fui rever os meus conceitos, quando eu tive o meu envolvimento com a Lanna, era como se eu estivesse me descobrindo, como se eu estivesse me complementado, tanto ministerialmente como na minha vida pessoal e sentimental.
Então eu sei que as pessoas não vão entender, quando eu falo sobre isso, vai acontecer o mesmo de sempre, vão atacar inclusive já estão nos mandando para o inferno, já estão nós julgando e condenando né?! Então assim, eu sei na minha pele o que aconteceu comigo; então quando eu fui revisar, eu vi que eu era diferente. Quando eu voltei a minha infância, eu vi como eu era uma garota diferente das outras garotas.
Eu nunca planejei um casamento de vestido de noiva, aquela coisa de família, eu sempre fui diferente e ficava achando estranho porque eu era daquele jeito. Mas eu nunca fui averiguar entendeu?! Mas com certeza eu acho que se nasce não se vira gay! Não existe isso de virar gay!
Lanna - Nós acreditamos que existem três causas para a homossexualidade. Ou procede do nascimento, ou por uma causa de trauma na infância, por exemplo, existem pessoas que sofrem aqueles abusos na infância e esse abuso pode trazer uma consequência na orientação sexual da pessoa.
E ai acreditamos que pode haver até cura. E acreditamos também que na terceira opção, que é: pessoas que são heterossexuais que na fase adulta, elas têm um relacionamento homoafetivo, uma experiência homossexual, e encontra mais prazer numa relação homossexual e do que numa experiência heterossexual, e ai optam pela homossexualidade. Ai sim existe a opção.
GP – Então como vocês encaram testemunhos, de pessoas que alegam terem sido libertas da homossexualidade? Como testemunhos como de Dennis Jernigan, cantor e compositor da musica cristã contemporânea.
Lanna - Olha, eu conheci muitas historias iguais a dele, inclusive a minha. Muitas pessoas davam a minha história como uma referência de homossexual que se tornou hétero. Como existem tantas outras pessoas com essa mesma historia; inclusive pessoas de nome, como o fundador do Movimento Moses, fundador do Movimento Exodus, nos EUA, e um grande pastor do Hillsong lá da Austrália, foram pessoas de nomes de referência de transformação de homossexualidade, mas que depois confessaram que não conseguira mudar a sua sexualidade.
Então quer dizer, nos lugares onde eles estavam, como aconteceu comigo aqui no Brasil, foi um escândalo né?! Eles eram referência. No caso desse cantor que você falou, eu acredito que cada pessoa tem a sua experiência com Deus, agora afirmar que ele não foi, nós jamais faríamos isso, por que nós não duvidamos do testemunho de ninguém. Agora dizer que o que aconteceu com ele, pode acontecer com outros, ai é um mérito que só Deus pode dar, não nós. Se realmente aconteceu, é somente Deus e ele quem sabem; por que eu te diria que em 99% isso não acontece… ou então ele não era gay…
Rosania - Ah eu acho impossível… ou então ele não era gay, ele estava só se divertindo, ele estava experimentando por curiosidade, um gay de verdade ele não mudaria… Olha eu falo assim, eu nunca vi um… então talvez no dia que eu ver, eu mudo o meu pensamento, entendeu?! Mas eu também acho impossível pelas minhas tentativas, pelo meu desejo ardente de ser o que as pessoas esperavam de mim, tanto que eu busquei e não consegui; então por isso eu acho impossível uma pessoa que é gay se transformar hétero.
Eu tenho amigos que casaram, já estão a mais de dez doze anos casados, tem filhos, e eu vejo no olhar de uma dessas pessoas, que ele é completamente triste, ele não se encaixa, por mais que ele faça a obra de Deus, ele é uma pessoa totalmente triste, amargurado.
Lanna - A gente não esta falando isso por que a gente não crê, é por que eles alegam isso… Eu creio tanto no poder de Deus que você pode dormir mulher e acordar homem, rsrs, Ele pode fazer o que Ele quiser… agora existem coisas que Deus não faz, não muda, por que Ele já fez daquela maneira…
Rosania - Ele não vai desfazer para fazer de novo… e acho que eu sou a vontade de Deus!
GP – Lanna, você se aproximou do evangelho com o intuito de buscar transformação, e se sentiu obrigada a professar uma libertação que na realidade não existiu, para se sentir inserida no contexto em que vivia. O que nos garante que você esta pregando uma verdade, e não esta professando algo que apenas sirva de respaldo para sua orientação sexual?
Lanna - Veja bem, na época que eu pregava sobre a homossexualidade, eu pregava aquilo que eu aprendi, eu pregava até pelo anseio de conseguir viver na minha vida aquilo que eu havia aprendido, que um dia eu iria viver essa tal transformação, que um dia eu iria viver essa tal mudança essa tal cura essa tal libertação; então aquilo que eu pregava era quilo que eu ansiava viver.
Embora eu sempre bata na mesma tecla, era a única área da minha vida que eu não via Deus trabalhar, por que eu vi Deus me libertar da idolatria, eu vi Deus me libertar das drogas eu vi Deus me libertar do álcool, eu vi Deus me libertar da promiscuidade eu vi Deus mudar a minha vida numa serie de questões, em geral, a única coisa que eu vi que permanecia da mesma forma era a minha sexualidade. Então o que eu fui realmente forçada a fazer, era casar.
Porque conforme eu fui dando o meu testemunho, até por uma questão de incentivo da minha família que queriam que eu testemunhasse a minha transformação, como meu testemunho passou a ser conhecido, ai já passou haver a cobrança ministerial de “se você diz que você é liberta da homossexualidade, então você tem que se casar”. Então a busca pelo casamento, foi até uma questão de é minha ultima tentativa, com o casamento quem sabe Deus não me transforma! Então veio o casamento, veio o filho, e aquilo dentro de mim era algo latente e cada dia mais gritante; virou aquela panela de pressão, que você deixa a pressão subir ela começa a gritar e se você não fizer o procedimento correto ela vai explodir.
Então foi exatamente assim que aconteceu na minha vida. A igreja inclusiva não é um respaldo para eu viver a minha homossexualidade, até por que eu deixei bem claro para os cristãos os evangélicos do mundo inteiro, que eu não preciso da igreja pra viver o que eu quero viver.
Eu vivi a minha sexualidade quatro anos fora da igreja, por que eu acreditava que Deus não me aceitava como eu era; fui entregar pizza fui pintar casa, fui trabalhar com faxina fui vender carro nos EUA, então eu não preciso da igreja pra sobreviver. Eu não faço da igreja um meio de promoção, pelo contrario, eu preferia ficar entregando pizza do que ter essa corja de crentes nas minhas costas, 24 horas por dia, me lançando na cara o que eles acham que tem direito de lançar, eu preferiria.
Só que Deus me chamou pra fazer o que eu estou fazendo hoje, e é por que Deus me chamou que eu estou aqui, por que se dependesse de mim, eu preferiria o mais fácil, e o mais fácil com certeza é estar lá nos EUA entregando pizza sem dar ouvido ao que eles falam de mim.
Quando eu falo de corja, eu falo no sentido de como Jesus se referiu aos religiosos da época. Porque tem muitos crentes que acompanhavam o meu trabalho e o trabalho da Rosania, que hoje nos ligam e dizem “olha a gente não entende, mas a gente vai orar por vocês, a gente ama vocês do mesmo jeito”; então a gente tem respeito a essas pessoas, o maior problema é que essa corja são aqueles que gostam de meter a língua de julgar, de difamar de apontar, sabe?! Infelizmente! Mas Deus tem nos dado esse privilégio de ter pessoas que são respaldo, até em nível de intercessão nas nossas vidas, muitas pessoas, não são poucas, a gente até se impressionou, a gente achou que ia ser pior a não aceitação, mas foi o contrario, a não aceitação foi menor. As pessoas que tem nos estendido as mãos, pessoas que não podem dar nomes por que tem ministérios, mas por traz nos bastidores ligam e falam “olha, eu não posso falar na mídia, mas nós estamos aqui pra ajudar no que vocês precisarem; a gente conhece o caráter de vocês e gente sabe que vocês são pessoas de Deus…”, então a gente tem essas pessoas sim.
GP – Então vocês acreditam que levantar uma igreja inclusiva, foi por intermédio divino e não por um desejo pessoal?
Rosania - Definitivamente… Nossa a gente tem certeza!
Lanna - A gente lutou muito tempo para não abrir, a gente não queria, e se a gente fosse abrir, nem seria no Brasil. Se fosse nós escolhendo, seria nos EUA nem seria aqui. Então nós somos hoje literalmente, resultado da insistência de Deus, definitivamente!
GP – As igrejas são preconceituosas quando dizem que homossexualidade é pecado? Não é uma questão de crença?
Rosania - Eu acho que ela esta precisando estudar mais, rsrs… Eu acho que o povo precisa estudar mais, ler mais a palavra de Deus. Pega num ponto que vem há anos e anos matando as pessoas, não só nesse ponto, outras coisas mais. A saia cumprida, não podia raspar a perna, um monte de coisas; não estou falando mal das igrejas não, às vezes vocês estão atacando dizendo que estamos cuspindo no prato em que comemos… Mas acreditamos que isso Deus não vai levar em conta, por isso estou tranqüila, Deus esta recebendo o meu louvor… Agora poxa, vamos ser sinceros né?!
Lanna - Eu acho que ela esta sendo exclusivista.

Fonte:gospel prime