Maioria dos líderes evangélicos dos EUA acredita que dízimo não é exigido pela Bíblia

Embora muitos dizem ofertar no mínimo 10%, dados mostram que os cristão americanos entregam menos de 3% do que ganham

Uma pesquisa elaborada pela Associação Nacional de Evangélicos (NAE – sigla em inglês) revelou na quarta-feira, 5, que a maioria dos líderes evangélicos acredita que a Bíblia não exige que os Cristãos dizimem.
No total, 58% dos entrevistados (membros do conselho de diretores da NAE) disse que não acha que dar 10 por cento da renda para a Igreja é mandatório pela Bíblia, enquanto 42% acham que sim.
Provavelmente a forma como a pergunta foi elaborada pode ter interferido no resultado da pesquisa já que a questão era se o dízimo era ou não obrigatório. Por esse motivo que Dr. John Walton, professor do Antigo Testamento na Wheaton College, em Wheaton, Illinois, disse que não ficou surpreso com o resultado depois que viu a formulação da pergunta.
Muitos dos líderes da NAE observaram em sua resposta que, embora o dízimo seja um modelo legal do Antigo Testamento, os Cristãos do Novo Testamento devem dar de sua generosidade. A maioria esmagadora, 95 % dos entrevistados disseram que dão pelo menos, 10 por cento de seus ganhos.
Dr. Kurt Fredrickson, diretor do Programa Doctor of Ministry no Seminário Fuller, em Pasadena, Califórnia, apontou para John Wesley, fundador do movimento metodista, que deu muito de sua renda, e ganhou mais e manteve seu padrão de vida da mesma. Ele acabou dando cerca de 90 % de seu dinheiro e vivendo com 10 %.
“É sobre como damos todo o nosso ser a Deus, o que inclui dinheiro, é claro, mas também o nosso tempo e os dons,” disse Frederickson, que foi pastor durante 24 anos.
Ao contrário de quase todos os líderes da NAE que disseram que dizimaram pelo menos 10 por cento, Empty Tomb, Inc., relatou que os evangélicos ofertam às Igrejas apenas cerca de quatro por cento dos seus rendimentos. Entre todos os Cristãos, o percentual é ainda menor – apenas 2,43 por cento.
Douglas LeBlanc, autor do Dízimo: Provai-me Nisto, Comentou: “O que me enlouquece é que se houvesse um mandamento mais explícito para dar o dízimo, acho que ainda haveria gente que diria: ‘Não somos escravos da lei depois de tudo.”
“Os Cristãos americanos em particular, eu acho, nunca vão deixar de encontrar uma saída do dízimo, se eles não estão interessados.”
O Presidente da NAE, Leith Anderson comentou no final da pesquisa que espera ver mais “generosidade, proporcionada, alegre e sacrificial entre os evangélicos americanos” nos próximos anos cada vez mais as Igrejas oferecem cursos financeiros e ensinam sobre mordomia.

Menino evangélico ora e é poupado por atirador em Realengo


Mateus Moraes, 13 anos, orou, pediu para não ser morto e ouviu do assassino dos colegas: 'Fica tranquilo que não vou te matar'
Menino evangélico ora e é poupado por atirador em Realengo
Mateus Moraes, 13 anos, foi talvez o único aluno que teve a clemência do atirador Wellington Menezes, na Escola Municipal Tasso Vieira, em Realengo. Enquanto o criminoso disparava, frio e impassível contra seus colegas, Mateus orava perto do quadro negro, sem ser incomodado, na sala 1801, no primeiro andar do prédio da escola.
“Eu estava em pé e era um dos mais nervosos. Pedi para ele não me matar, e ele disse: ‘Fica tranqüilo que não vou te matar.’ E não atirou em mim”, contou o menino.
Uma possível explicação, acredita Mateus, é o fato de que ele ficou o tempo todo orando. Fiel da IgrejaAssembleia de Deus, o menino atribui a uma força superior o fato de ter saído vivo do ataque. “Deus me protegeu.”
O atirador andava calmamente pela sala, disparando contra as crianças, principalmente na cabeça e no tórax.
De acordo com a Polícia Militar, Wellington invadiu a instituição de ensino por volta das 8h e disparou contra alunos. A direção da escola informou que o homem – que era um ex-aluno – se passou por um palestrante para entrar na instituição de ensino. Ao chegar ao local, primeiro ele teria procurado uma professora que já tinha lhe dado aula no passado. Como não a encontrou, subiu para o primeiro andar, foi em duas salas do oitavo ano do Ensino Fundamental e efetuou disparos.